Prefeitura Municipal de São José das Missões
A região pertenceu, sucessivamente, aos municípios de Rio Pardo, Cruz Alta, Passo Fundo e Palmeira das Missões. Fez parte do território de Palmeira das Missões, até 19 de março de 1992, quando, a partir de 20 de março de 1992, alcançou sua emancipação político administrativa.
Muitos tropeiros vinham da região da Campanha em direção a São Paulo de 1850 a 1900, tropeiros estes que cortavam carreiros pela região e com as tropas de mulas faziam pousadas, após muitas andanças, esses carreiros tornaram-se trilhas abertas para novas tropas de mulas. Ao longo desse trecho, passando por Palmeira das Missões, muitos tropeiros foram laçados pelas belezas das coxilhas e as paradas foram aumentando, até construírem um rincão, uma estância ou uma morada. Aos poucos, vários tropeiros foram se fixando, uns aqui, outros acolá e, assim, foram surgindo alguns moradores.
Não se sabe ao certo quem foi o primeiro morador da região, nem do Município por se tratar de estrada de tropeiros. Picadas construídas por andanças, tropas de mulas e cavalgadas de quem puxava as tropeadas.
Conforme o livro Santo Antônio da Palmeira (p.154), apud Enciclopédia dos municípios do Rio Grande do Sul (CD-ROM) a primeira estrada oficial dessa região foi traçada pelo Engenheiro Agrimensor Maxiliano Beschorem no ano de 1879. Com o passar do tempo, a coxilha e muitas quebradas foram ganhando brilho e resplendor com casebres construídos no território e as primeiras famílias surgindo. Famílias que foram entrelaçando demais moradores, porque o homem não vive sozinho. Eles se organizam, para o trabalho, para o lazer, para a família, para a vida.
Passa o tempo e aos poucos, surgiu uma pequena vila. Aparecem as primeiras construções. Alguns permaneciam no lugar, outros partiam, deixando descendentes.
Muitos nomes surgiram como sendo os primeiros moradores da sede e do interior, alguns podem ser mais antigos como uns mais recentes na fundação de São José, homenagem a todos os citados e os que não foram lembrados: José Rodrigues, Onorato de Souza, Francisco Correa Conrado (Chico Norato), Jurco Xasques, João Mariano de Borba, Manoel Francisco Siqueira, Maneco Quero, Generoso Rodrigues, Manoel José Azeredo, José Benjamim Soder, Dionísio Ribeiro, Darci Cáurio, José Manuel Azeredo, Virgílio Souza, José Edegar Soder, Artur Greff, Balduíno Koch e Justino Taborda Polaco.
Surgido na andança dos tropeiros que cortavam carreira por esta região, a pequena Vila de São José, que a esquerda da estrada de Palmeira à Constantina era denominada de “Ribeirão Bonito”, e à direita “Potreiro Bonito”.
A primeira comunidade católica da região se formou na linha São Sebastião, por volta de 1920, sendo organizada pelos moradores daquela região, contribuindo com o terreno, Gabriel Rodrigues e família.
O nome de São José das Missões tem origem no padroeiro da cidade. Para a construção da primeira capela, precisavam da doação e angariar fundos para a construção da capela, mas, antes disso a discussão girou em torno do nome do “Santo Padroeiro”, cada um tinha um santo de preferência. Como a maioria dos homens presentes tinha o nome de José, assim decidiram que o padroeiro seria o chefe da família, José, em homenagem a São José, pai do Nosso Senhor Jesus Cristo. Era o Capitão provisório do Intendente Borges de Medeiros, José Manoel Azeredo.