Prefeitura Municipal de Engenho Velho
O Município de Engenho Velho localiza-se na região fisiográfica do Estado do Rio Grande do Sul, denominada Alto Uruguai, com uma área de 71 km² e a 385 km de distância da Capital do Estado. Limita-se ao Norte com Três Palmeiras e Constantina, ao Sul com Rondinha e Ronda Alta, a Leste com Ronda Alta e a Oeste com Constantina.
Até por volta de 1920, o Município de Engenho Velho, constitui-se de um minúsculo povoado margeando o Arroio Lajeado dos Lopes, cujas terras na sua maioria pertenciam ao Sr. Antonio Valério (vulgo Capitão Valério) que por ser uma família numerosa, o lugarejo era conhecido por povoado dos Valérios. As terras situadas a margem direita da bacia do Lajeado grande, principal rio do Município, a partir da cabeceira do Arroio dos Índios constituíam-se em reserva indígena e florestal.
A madeira da região atraiu as famílias Camelotti e Tesser descendentes de Italianos que saíram da região colonial da serra para aqui instalarem Serraria, que para trabalhar nela teria vindo mais tarde os irmãos Luzzatto.
A partir da década de 1940 o povoamento da região se intensificou com a chegada de mais famílias, e com o passar dos tempos, a madeira foi escasseando e a primeira Serraria (de propriedade de Camelotti e Tesser) a qual era chamada pelos Italianos de “Engenho”, foi desativada. Daí a origem do segundo nome de povoado “ENGENHO VELHO”.
Depois de muitas negociações, conseguia-se junto à comissão de Justiça da Assembleia Legislativa do Estado, juntamente com o poder executivo do mesmo a aprovação do Plebiscito que decidiria sua emancipação. O Município de Engenho Velho foi criado pela Lei Estadual nº 9.619 de 20 de março de 1992. A partir de 1996, o município passou por uma enorme transformação, que gerou um grande conflito entre os índios Kaingang os quais, retomam o direito a posse da reserva da Serrinha, cerca de 53% da área do município se torna reserva indígena. Os colonos brancos foram indenizados, e deixaram as terras da reserva. A população indígena começa a chegar ao nosso município, que vive conflito histórico entre brancos e índios. Então, se perde muita população branca que foram para outros municípios e se ganha muita população indígena que, por serem um povo nômade, ficaram um tempo e mudaram de residência, estão em constante movimentação.
A principal atividade econômica está vinculada à agricultura, concentrando-se nas culturas de soja, milho e trigo, desenvolvendo-se também a agropecuária leiteira, suinocultura e fruticultura, em menor escala.